quinta-feira, 29 de maio de 2014

Antes da inauguração, passarela de Vicente de Carvalho é alvo de críticas


O cenário próximo à estação das barcas, em Vicente de Carvalho, Guarujá, está bastante diferente. Ali já não paira, sobre os antigos trilhos da linha férrea, um elefante branco com mais de 30 anos. Uma nova passarela foi erguida, totalmente diferente da anterior.

Mas, se ela atende a um pleito antigo, dando alternativa a quem é obrigado a esperar a passagem do trem, já causa polêmica. O motivo é seu tamanho: a pista dá voltas e é bem mais longa que a anterior.

“Quando a pessoa terminar de andar nessa passarela, o trem já passou faz tempo”, reclama a comerciária Sandra Cristina de Souza, que trabalha em Santos e passa diariamente pela linha férrea.

O portuário Anderson Silva Fernandes concorda. “Fizeram uma passarela para ninguém andar. Só para dizer que fizeram. É dinheiro jogado fora”.

A cozinheira Ana Maria Cardoso defende a estrutura. “Se não fosse desse jeito, como é que os cadeirantes iriam passar? O pessoal reclama de todo jeito. Ou é porque não fez ou, se fez, é porque está errado”.

Segundo o secretário-adjunto de Planejamento de Guarujá, Fábio Serrano, a passarela foi construída para atender às normas de acessibilidade, com 8,33% de declividade máxima para cadeirantes. “E ela teve que ser alta, pois há um projeto para que os trens levem dois contêineres empilhados. A altura precisava contemplar essa forma de acondicionamento”.

O secretário não soube precisar o tamanho da pista atual, informação que também não foi fornecida pela MRS Logística. Entretanto, Serrano ressalta que, apesar de mais longa, a estrutura é mais cômoda.

“As pessoas vão subir com tranquilidade. A vibração, quando o trem passa, é quase imperceptível. E não acredito que as pessoas vão usar muito, mesmo quando o trem passar. Será usada mais como dispositivo de emergência”.

De acordo com Serrano, ainda não há data para a inauguração, que deve ocorrer no início de junho. “Faltam acabamento, colocação de piso tátil, gradis e bicicletário, limpeza do entorno. A construção da passarela é uma vitória para Guarujá. Estávamos desde 2009 lutando por isso”.

Convênio

Em agosto do ano passado, diretores da MRS Logística estiveram em Guarujá para assinar o convênio que possibilitou a construção do novo equipamento, que tem custo de R$ 2 milhões, bancados pela empresa.

Passam diariamente pela linha férrea oito composições de trens de 1.500 metros, com 90 vagões. A expectativa é que, em cinco anos, o movimento dobre. (A Tribuna On-line/ Foto: Chué)



1 comentários:

Eu,e algumas dezenas de pessoas, utilizamos p/exercícios.gostaria de saber quantos metros de comprimento tem.

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