Após quase quatro meses, serviço de tapa-buraco é retomado em Guarujá

Depois de quase quatro meses sem asfalto, os buracos - ou crateras - abertos nas ruas e avenidas de Guarujá serão tampados. Essa é a promessa da Prefeitura que, sem dinheiro para contratar uma empresa para executar o serviço, teve que apelar para a boa vontade da iniciativa privada, que doou 300 toneladas de material. 

Há mais de três meses nenhuma via passa por obras de manutenção ou pavimentação, causando transtornos para moradores, turistas e empresários. Isso em razão da única usina de asfalto, que pertence à Administração Municipal, estar fechada por questões de segurança desde a morte de um funcionário, em julho. 

Apesar de tudo, por meio de nota oficial, a Prefeitura de Guarujá afirma e ressalta que as chuvas das últimas semanas danificaram "profundamente" a malha viária da cidade. As obras emergenciais serão iniciadas nas principais vias, que recebem tanto tráfego comercial (caminhões, por exemplo) e veículos de passeio. 

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Duino Verri Fernandes - que também é vice-prefeito -  a prioridade será a recuperação da malha viária das avenidas Dom Pedro I, Santos Dumont e Adhemar de Barros. Mas os trabalhos não ficarão restritos a estas vias, garante a Prefeitura.

“Além disso, programamos a utilização de 300 toneladas de massa asfáltica nos próximos 60 dias para estas vias e também para os bairros”, afirmou Duino. De acordo com o secretário, a Prefeitura também iniciará a concorrência pública para a contratação de dois veículos especializados no serviço nos bairros. 

Cada caminhão, dos que serão contratados, terá capacidade para fechar, em média, 120 buracos por dia. Mas a retomada do serviço só será possível graças à colaboração de empresas, consideradas parceiras à Prefeitura. Elas vão ceder as 300 toneladas de massa asfáltica, veículos térmicos e pessoal habilitado. 

No entanto, a Administração Pública de Guarujá não informou qual será a contrapartida para essas empresas, que também não foram identificadas. 

Licitação

Para que o serviço de tapa-buracos seja retomado pela Prefeitura, sem ajuda da iniciativa privada, ainda será preciso aguardar o resultado de outras duas licitações, que ainda estão em fase de elaboração. Uma é para a compra de material para aplicação de massa quente (para operação tapa-buraco) e outra para a execução do serviço (mão de obra).

Ainda de acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Obras de Guarujá, os editais estão sendo elaborados e devem ser lançados "nos próximos dias". Em nota, a pasta esclarece que "vencida a burocracia legal, a empresa ganhadora do certame terá no máximo 15 dias para iniciar os trabalhos". 

  

Usina fechada

Interditada após acidente que matou um trabalhador, a usina de asfalto da Cidade permanece sem previsão para ser reaberta. 

A usina de asfalto responde, quando em atividade, a 80% dos trabalhos de nivelamento de buracos abertos nas vias de Guarujá e Vicente de Carvalho. O restante, no entanto, é feito por uma companhia escolhida via licitação pública. Certame, este, que só se iniciou depois que o equipamento foi totalmente interditado, e encerado nesta terça-feira, com a abertura das propostas.

Nem a polícia, nem o  Corpo de Bombeiros foram os responsáveis pela interdição a usina. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), inclusive, o local só foi fechado na manhã do dia 18 junho, quando o operário João Alberto Nascimento, de 52 anos, morreu. E o isolamento ocorreu apenas para a realização da perícia, no mesmo período.

Naquele mesmo dia, entretanto, a diretoria da própria Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Prefeitura, a Cipa, ordenou a interdição. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Operações Urbanas, "a Cipa solicitou uma série de intervenções com o objetivo de oferecer maior segurança aos trabalhadores que atuam ali". (A Tribuna On-line)

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