terça-feira, 4 de agosto de 2015

Setor de ortopedia do Santo Amaro está fechado por tempo indeterminado


Com uma fratura na costela há mais de dois meses, o motorista Valmir Teles dos Santos, morador de Vicente de Carvalho, tinha uma consulta marcada nesta segunda-feira (3) no ambulatório de ortopedia do Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá, para dar andamento ao tratamento. “Fui de ônibus até o hospital e chegando lá, às 8 horas, fui informado na portaria que o setor estava fechado por tempo indeterminado”.

Assim como Valmir, vários pacientes que tinham consulta agendada no ambulatório ficaram sem passar pelos médicos hoje. Em compensação, urgências e emergências, além de trocas de curativos, não foram suspensas. O ambulatório realiza cerca de 250 atendimentos por dia.

A equipe é composta por seis ortopedistas terceirizados, sendo que dois atendem diariamente no ambulatório e um no centro cirúrgico. O ambulatório tem outros 20 profissionais do próprio HSA, entre técnicos de gesso, enfermeiros e auxiliares. Até o final da tarde, os médicos continuavam sem trabalhar.

O presidente da Associação Santamarense de Beneficência do Guarujá, Urbano Bahamonde Manso, informou via assessoria de imprensa que a falta de pagamento para as equipes se dá em razão do atraso nos repasses de recursos por parte da Prefeitura de Guarujá e da Unimed Guarujá.

“Envoltos em problemas com arrecadação, esses parceiros têm se esmerado em acertar os pagamentos atrasados. Porém, a demora nesses repasses tem colocado o HSA em situação de perigo com relação a continuidade de assistência. As equipes médicas já não têm mais fôlego financeiro para suportar atrasos”.

Unimed
Consultado a respeito, o presidente da Unimed Guarujá, Geronimo Ferreira Vilhanueva, admitiu que nos últimos dois meses a instituição, que está em oferta pública, não conseguiu efetuar os repasses em sua totalidade.

“Estávamos no aguardo de um repasse da Unimed Guarulhos que não veio, o que cria um efeito dominó. Além disso, este é um ano de crise, que deve durar pelo menos até o final do próximo ano”. 

Segundo Vilhanueva, o valor devido gira entre R$ 600 mil e R$ 700 mil. “A raiz do problema do Santo Amaro, porém, é a tabela defasada do SUS. Fazem loteria para ajudar a clubes de futebol, mas não fazem para salvar as santas casas”.

Prefeitura
Já a Secretaria de Saúde de Guarujá informou, via assessoria de imprensa, que os repasses fundo a fundo (Governos do Estado e Federal) estão em dia, mas não os municipais.


“A Municipalidade está redobrando os esforços para manter em dia o repasse referente ao valor do Tesouro Municipal. Atualmente, o Município repassa para o Santo Amaro cerca de R$ 4 milhões/mês. Desse montante, 80% estão devidamente pagos”. (A Tribuna On-line)

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