domingo, 13 de agosto de 2017

Guaibê, Tejereba e estádio municipal são interditados pelo Ministério Público


O Ministério Público do Estado de São Paulo interditou as principais praças esportivas de Guarujá. Por motivos diversos, que vão da falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) a problemas envolvendo segurança e acessibilidade, o ginásio Marivaldo Fernandes (Guaibê), o Centro Esportivo Duque de Caxias (Tejereba) e o estádio municipal Antonio Fernandes estão vetados para as práticas esportivas. 
Dos três complexos fechados à população, o caso mais grave é o do ginásio Guaibê, cuja quadra não é usada desde 2013. À época, a previsão era de que a obra ficasse pronta em nove meses. Hoje, além de não ter o AVCB e apresentar problemas estruturais, a praça também é alvo de um processo na Justiça. 
"No governo passado fizeram uma licitação pra fazer a cobertura do ginásio, o piso da quadra e dois banheiros adaptados. Na época, não sei porque, retiraram do ganhador o piso. Houve um conflito com a empresa (Fabecom Engenharia e Construção), que alega não ter recebido o dinheiro. A Prefeitura disse que pagou", conta o atual secretário de esportes de Guarujá, Ronald Nicolaci Finatti, sobre o imbróglio jurídico. 
De acordo com o inquérito civil instaurado pelo promotor de Guarujá, Osmair Chamma Júnior, "o ginásio Guaibê não possui AVCB e coloca em risco seus frequentadores". No mês passado, em vistoria no local, o Corpo de Bombeiros constatou que a praça não tinha medidas de proteção contra incêndio e solicitou à Prefeitura que apresentasse projeto técnico para análise da corporação. 
Segundo Ronald Nicolaci, são necessários R$ 700 mil para terminar a reforma da quadra. E, enquanto a obra não for finalizada, não há como cumprir as exigências do Corpo de Bombeiros. "Não dá pra precisar o tempo (que levará para o fim das obras), porque dependemos do processo jurídico. Nós queremos que pro ano que vem esteja funcionando". 
Tejereba 
Assim como o Guaibê, o Tejereba também foi interditado por determinação do promotor Chamma Júnior, por não possuir um projeto de proteção contra incêndio e o AVCB. 
Em fevereiro passado, o promotor proibiu eventos no centro esportivo até que fossem realizadas, num prazo de quatro meses, as adequações necessárias para a solicitação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. 
No dia 19 de junho passado, o inquérito civil foi prorrogado em 180 dias e, quatro dias depois, a Advocacia Geral de Guarujá apresentou uma planilha orçamentária e um cronograma para a realização das obras. 
De acordo com o secretário de esportes de Guarujá, o Tejereba precisa passar por uma manutenção geral, que inclui, entre outros itens, a reforma do ginásio, a recuperação da instalação hidráulica, a troca da bomba da piscina e a compra dos equipamentos solicitados pelo Corpo de Bombeiros. 
"Estamos tentando contrapartida de R$ 300 mil através de emenda parlamentar do deputado federal Marcelo Squassoni. A Itaipava quer fazer publicidade na praia e o prefeito (Valter Suman) quer a contrapartida para ajudar nas reformas do ginásio Guaibê e do Tejereba", garante Nicolaci, que acredita ser possível conseguir a liberação do AVCB do centro este mês.
Estádio
Alvo de uma ação civil pública em julho de 2015, o estádio Antonio Fernandes está interditado por descumprir as normas de acessibilidade. A praça esportiva, que sediou os treinos da Bósnia-Herzegovina na Copa de 2014, também não tem para-raios. 
No processo, o promotor de Guarujá, Eloy Ojea Gomes, pede que as normas sejam atendidas para "possibilitar igualdade de acesso, permanência e trânsito por qualquer pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, como cadeirantes, deficientes auditivos, visuais, além de idosos e crianças". 
De acordo com o secretário de esportes Ronald Nicolaci, a Prefeitura está providenciando as adequações solicitadas pelo MP, como a colocação de barras no banheiro e adaptações para que os portadores de deficiência possam transitar do estádio para o ponto de ônibus. 
A compra do para-raios, segundo Nicolaci, está em processo de licitação e deve custar cerca de R$ 130 mil. Outras obras no estádio dependem de "uma discussão jurídica do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias)", informa o secretário, lembrando que a reforma do Antônio Fernandes foi feita com verba do órgão estadual. (Com informações de A Tribuna)


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