segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Dersa não tem previsão para início das obras do túnel Guarujá Santos


“Tenho dinheiro para começar a obra. O que não tenho, hoje, é a garantia de que terei para terminar”. As palavras são do presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço. Ao que tudo indica, o túnel submerso ligando Santos e Guarujá ainda é um objetivo distante de ser alcançado pelo Estado.
O projeto da ligação seca entre as duas cidades não sairá do papel enquanto o Estado não tiver autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para ampliar seu endividamento em R$ 7 bilhões. Nesse montante, está incluso R$ 1,3 bilhão necessários para a obra.
A STN confirma que recebeu pedido do Estado para autorizar a ampliação da dívida em R$ 7 bilhões. “A liberação desse pedido está atrelada à análise técnica e à autorização superior da inclusão de operações de crédito na Revisão do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal”, diz o órgão.
Em outras palavras, significa que a liberação do dinheiro está na pendência de análise do Governo Federal, que neste momento faz contingenciamento de recursos em razão da crise econômica.
O investimento total previsto para o túnel é de R$ 3,2 bilhões, a serem cobertos com financiamento de R$ 2,3 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e aporte de R$ 900 milhões do Estado.
O BNDES já liberou R$ 938 milhões, faltando o montante de R$ 1,3 bilhão que o Estado pleiteia para complementar a verba. Por ora, Lourenço pretende não republicar o edital de licitação, questionado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em janeiro deste ano.
“Não se sabe quando vai haver essa liberação (da verba). Aguardamos o avanço dessa situação e uma sinalização do Governo Federal, para poder programar a publicação”, ressalta o presidente da Dersa.
Ele prefere não fazer previsões de quando o projeto do túnel deve ter andamento. “A situação federal ainda é muito incerta. Nós tivemos um momento não só de crise econômica, como também de crise política. Acho que qualquer previsão agora é muito prematura”.
Novo edital
O TCE mandou paralisar a licitação da obra do túnel submerso em 30 de janeiro deste ano, sob alegação de “afastar possíveis improbidades” presentes no edital. Analisados os documentos, o órgão determinou que a Dersa corrigisse o edital para abrir nova licitação.
Na decisão, assinada pelo conselheiro Dimas Eduardo Ramalho, o TCE aponta 24 falhas contidas no primeiro edital da obra e pede para que elas sejam retificadas em uma nova versão.
Atualmente, a Dersa realiza a revisão e detalhamento do conteúdo do projeto de engenharia do túnel submerso, conforme explica. “Este trabalho compreende a execução de ajustes nos projetos de escavação das paredes diafragma e nas fundações e escoramento da doca seca”, detalhas os ajustes.


1 comentários:

É já sei, na próxima eleições tem mais uma vez a velha promessa que rende votos certos, igual a seca no nordeste...

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