quinta-feira, 5 de setembro de 2013

OPINIÃO: Guarujá nega terceirizar Saúde (Fernando Allende)

O secretário de Saúde de Guarujá, Daniel Simões de Carvalho Costa, que está há três meses no cargo, admite que “o setor tem graves problemas e a terceirização pode ser uma solução, mas essa não é a única saída”. Admitindo que a saúde está à beira do colapso, ele debita parte dos problemas “à falta de empenho de todos os profissionais do setor”. Durante reunião mantida na semana passada com dirigentes do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), Costa realizou uma série de críticas onde não poupou a administração municipal “que também tem sua parcela de culpa na gestão da saúde, onde falta o engajamento de médicos, enfermeiros e os demais profissionais da área para que a população receba uma melhor prestação de serviços”.

Através de comunicado divulgado nesta quinta-feira pela assessoria de imprensa da prefeitura, o secretário corrige algumas declarações divulgadas pelo sindicato na semana passada. Segundo ele, quando afirmou que “a saúde está em colapso, referia-se a do País e não à municipal”. Ressaltou, ainda, que “o serviço médico brasileiro erra quando atua somente na emergência, desprestigiando o planejamento, a atenção preventiva e o setor acaba entrando em colapso”. No comunicado, Costa também afirma que “nunca declarou ser um defensor da terceirização da saúde”.  Segundo Costa, “defende apenas a terceirização de alguns serviços, mas jamais defenderia que a prestação dos serviços de saúde à população seja prestada por empresas”.

A divulgação do comunicado, que corrige informações divulgadas por dirigentes sindicais, é uma prova incontestável de que as críticas disparadas por Costa contra a gestão da saúde no município desagradaram a prefeita Maria Antonieta Brito. Mas, a presidente do sindicato, Márcia Rute Daniel Augusto, continua afirmando que o secretário realizou várias críticas à administração da saúde e defendeu a terceirização como saída para uma prestação de serviços com qualidade para a população. No entanto, a retratação de Costa e as afirmações da dirigente sindical não mudam a realidade do setor em Guarujá, onde unidades básicas de saúde, como a de Vicente de Carvalho que funciona em um imóvel deteriorado e faltam medicamentos e equipamentos. (Olhar Regional/ Blog do Allende/ G1)




Fernando Allende 
editor de política 
do jornal A Tribuna

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