segunda-feira, 14 de abril de 2014

Usuários reclamam dos serviços de barcas antigas na travessia


Sujeira, insegurança e péssimas condições de uso. Essas foram algumas das reclamações apontadas por quem faz a travessia entre Vicente de Carvalho e Santos nas embarcações antigas, principalmente na barca "Itapema".   Umas das queixas apontadas é a rampa de acesso à embarcação. Com altura de um pouco menos de um metro, o local serve de "banco" para os usuários que não encontram lugar, sentarem.  Sem qualquer tipo de bloqueio, os degraus expõem os passageiros a uma possível queda no mar. Quem pega a barca diariamente, garante que não há qualquer tipo de fiscalização dos funcionários para que retirem as pessoas dessa área.
 

Além disso, a falta de limpeza, como o chão sujo e interior da embarcação tomado pela ferrugem, é outro ponto apontado pelos usuários.  "Já vi até mesmo baratas andando perto das janelas em uma ocasião", relata Lucivânia Santos, professora das redes municipais de ensino de Santos e Guarujá.

A docente, de 39 anos, faz o trajeto de segunda à sexta para chegar às escolas que trabalha e ainda diz que apelidou a embarcação de "lata flutuante" devido ao péssimo estado de conservação e limpeza. "Se estou sem pressa, evito pegar essa barca e espero a chegada de um dos novos modelos", declara a professora.

Calor

Os usuários também reclamam do forte calor que passam em dias mais quentes. Na hora do aperto, jornais e papéis viram abanadores para poder suportar as altas temperaturas.  Por muitas vezes, alguns até preferem se arriscar ao sentar na rampa de acesso, o que é proibido, na tentativa de pegar uma brisa.

Esses problemas ficam ainda mais notórios quando a barca é comparada às novas lanchas de fibras que começaram a circular em abril do ano passado. Totalmente fechadas ao exterior, limpas e ainda equipadas com ar-condicionado e sistema interno de televisão, elas acabam correspondendo às expectativas dos usuários. Entretanto, apesar da enorme diferença de conforto e segurança entre os dois modelos, a tarifa de viagem é a mesma: R$ 1,15.


Resposta

Segundo a Dersa, empresa que administra a travessia, o valor não pode ser alterado já que tarifa é cobrada pelo serviço prestado e as lanchas antigas são usadas apenas como contingência no caso de manutenção dos outros modelos.

A empresa declara que a embarcação "Itapema" só funciona com maior frequência durante o período da madrugada, quando não há um grande fluxo de passageiros. No entanto, a Reportagem apurou que a barca é utilizada diversas vezes durante o dia, inclusive  em horários de pico como horário das 17h até as 18h, em que estudantes seguem até as universidades de Santos e trabalhadores voltam de seus expedientes nas duas cidades.Para aqueles que esperam uma substituição total da frota, contando apenas com os novos modelos, más notícias. Os planos para o futuro das setes embarcações disponíveis para a travessia é de que três ainda serão antigas.

Sobre as condições de segurança, a Dersa afirma que há placas informativas e  faixa de segurança sinalizada no chão que alertam sobre o perigo de permanecer na rampa de acesso durante a viagem. Ainda segundo a empresa, não há conhecimento sobre casos de queda no mar. Já a limpeza do local ocorre regulamente no momento em que elas são retiradas do tráfego, com exceções nos horários de pico.

A empresa declara ainda que todas as embarcações em operação possuem o Certificado de Segurança de Navegação (CSN) vigente, emitido pela autoridade marítima, que atesta que ela apresenta plenas condições operacionais para navegação". (A Tribuna On-line)


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