terça-feira, 7 de julho de 2015

Ré no Escândalo da Merenda, Antonieta depõe na Câmara Municipal


Ré no processo que apura irregularidades no contrato de fornecimento de merenda escolar para as unidades de ensino de Guarujá, a prefeita Maria Antonieta prestou depoimento na manhã desta terça-feira (7) na Comissão Processante da Câmara da Cidade.

Seu depoimento estava marcado para segunda-feira (6), mas foi adiado em razão do não comparecimento de três testemunhas de defesa, que hoje também não apareceram.

Acompanhada de sua advogada, Andrea Bueno Melo, a chefe do Executivo chegou à Câmara pouco antes das 9 horas. A prefeita começou a falar por volta das 9h45 diante de uma platéia lotada, mas que foi proibida de qualquer manifestação, como vaias e aplausos.

Maria Antonieta começou seu depoimento lamentando a ausência das testemunhas, dizendo que está se sentindo cerceada no seu direito de defesa. Em seguida, começou a responder aos questionamentos dos 12 itens apontados pela Comissão Processante.

De acordo com a prefeita, cada unidade escolar faz planilhas com a previsão do consumo da merenda e controle diário dos itens que necessitam de reposição. Maria Antonieta afirmou que os problemas apontados pela comissão são pontuais e que as denúncias, feitas no período de 2013 a 2014, coincidem com vários episódios envolvendo congestionamento nas estradas que dão acesso à região, roubos de carga de caminhões e falhas na entrega de mercadorias.

''Em nenhum momento, a Prefeitura deixou de fiscalizar'', disse, referindo-se a denúncias de falhas na fiscalização da compra dos produtos.
As testemunhas de defesa faltaram pela terceira vez, mas a Comissão Processante ainda tentará ouvi-las. Na segunda-feira (6), elas legaram problemas de saúde e apresentaram atestados médicos à comissão. Até agora, já prestaram depoimento três testemunhas de acusação e sete de defesa.

Primeiro dia

No começo do mês, no dia 2, a comissão ouviu seis das 13 testemunhas arroladas no processo. A professora e ex-presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), Elizabeth da Silva Barbosa, responsável pela denúncia, no primeiro semestre de 2014, foi a primeira a depor.
No depoimento, Elizabeth elencou diversas irregularidades no contrato, como inferioridade nutricional dos alimentos servidos, não cumprimento de exigências contidas no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e suposto cerceamento do trabalho de fiscalização dos conselheiros. Outras duas ex-membros do CAE foram ouvidas.

Entenda o caso

A Câmara apura diversas irregularidades no contrato de merenda escolar, como inferioridade nutricional dos alimentos servidos, não cumprimento de exigências contidas no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e suposto cerceamento do trabalho de fiscalização dos conselheiros.

Investigações realizadas pelos próprios vereadores também identificaram compras a preços bem acima dos praticados no mercado. Entre os que mais chamaram atenção, consta o valor do preço do adoçante dietético líquido (marca Stevita): R$ 24,76 (frasco de 100 ml), sendo que o mesmo produto, no mercado, foi encontrado por R$ 2,10 (o frasco de 100 ml). Ou seja, por preço quase 1.000% menor. (A Tribuna On-Line/Foto: Simone Queiróz)

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