domingo, 13 de dezembro de 2015

Prefeitura paga parte da dívida e evita paralisação do Hospital Santo Amaro


Não haverá mais a paralisação de atendimentos no Hospital Santo Amaro (HSA) a partir do próximo dia 15. A manutenção dos serviços do único hospital de Guarujá foi garantida na quinta-feira (10) por Urbano Bahamonde Manso, presidente da Associação Santamarense de Beneficência de Guarujá (ASBG), mantenedora do HSA.
O complexo hospitalar decidiu reverter a decisão depois de receber uma proposta do setor financeiro da Prefeitura, que se comprometeu a pagar 50% da dívida nos próximos dias. O valor total devido pela Administração Municipal ao HSA alcança R$ 4,2 milhões, referentes aos meses de julho a novembro deste ano
“Essa promessa diminui a pressão perante as equipes e possibilita a continuidade dos serviços, inclusive com o pagamento do 13º salário dos empregados”, informou Urbano por meio de nota.
Segundo ele, o montante permitirá o pagamento de parte da dívida com as equipes e a postergação da discussão sobre a diferença para o ano que vem.
Situação caótica
A situação veio à tona há cerca de duas semanas, quando Urbano tornou pública a dívida da Prefeitura com a instituição. Na ocasião, ele anunciou que paralisaria por tempo indeterminado, a partir de 15 de dezembro, os serviços na Maternidade Ana Parteira e ambulatórios, além de suspender as cirurgias eletivas – que representam, juntos, cerca de 420 atendimentos por dia via SUS.
“Pagando tudo em dia, já tínhamos um déficit mensal de R$ 922 mil por causa da defasagem do SUS. O que nos ajudava eram os valores de convênio e particulares. Só que, com a crise, os convênios também entraram em dificuldade, e o valor que recebemos deles hoje é 50% menor do que no início do ano. A situação está caótica”, disse Urbano a A Tribuna na ocasião.
Ele afirmou ainda que a suspensão de alguns serviços era uma medida dramática para não ter que fechar o complexo hospitalar por completo. “A espinha dorsal de um hospital é a unidade de emergência, que desencadeia em centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e unidade de internação clínica e cirúrgica. Se um desses elos se quebrar, o hospital quebra”.

Na semana passada, Urbano explicou essa situação durante depoimento à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores, que apura indícios de má-gestão de recursos na saúde pública de Guarujá.

0 comentários:

Postar um comentário