terça-feira, 12 de maio de 2015

Sem armas e com coletes vencidos, guardas municipais se recusam a ir para as ruas


Os guardas municipais estão com medo de exercer a função por falta de condições de trabalho. Segundo eles, os coletes a prova de balas estão com a validade vencida e, com isso, eles não podem sair da sede com as viaturas da Guarda Municipal. Além disso, há armas de choque, mas os guardas também não podem utilizá-las. Sem os guardas nas ruas, a população fica mais suscetível a criminalidade.

Segundo os guardas municipais, os coletes a prova de balas estão com a validade vencida há cerca de uma semana. Além dos coletes, eles dizem que as armas de choque também não estão sendo usadas porque nem todos possuem o exame psicotécnico em dia. Os guardas ficam com medo de sair às ruas para proteger a população, já que ninguém garante a segurança deles.

“No momento, precisamos de colete e taser (arma). A arma a gente não pode usar porque o exame psicotécnico não está em dia. Nós somos 300 homens. A Prefeitura, quando compra, são só 100 coletes. Oitenta armas não estão sendo usadas porque os homens não tem psicotécnico. Devido à falta de equipamento, o pessoal está se recusando a sair. Nós estamos em postos fixos e corremos risco”, desabafa o guarda municipal Wagner Demétrio, que trabalha na Guarda há 15 anos e atualmente faz a segurança da UPA Enseada.

"A prefeitura perdeu o prazo de renovação para a compra de coletes. O prazo venceu. A gente está exigindo que a tropa não saia para a rua por motivo de segurança. Nós exigimos que a prefeitura disponha esses recursos ou os guardas que trabalham na rua ficarão em postos fixos", afirmou Sandro de Souza, da Comissão de Representantes da Guarda Municipal.

Demétrio conta que, os locais públicos, mesmo com guardas municipais, ficam vulneráveis à criminalidade. “No dia do assalto à equipe de reportagem, no Paço Municipal, o guarda estava lá, mas sem proteção nenhuma”, afirma Demétrio. Ele e outros guardas compram, com o próprio salário, os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), destinados à proteção contra riscos.
Os guardas municipais tiveram como resposta, até o momento, que os coletes demorariam, pelo menos, três meses para serem entregues, já que é preciso realizar uma nova licitação para a compra.

Eles se reuniram, na manhã desta terça-feira (11), em frente a sede da Guarda Municipal, na Rua Carlos Nehring, para reivindicar melhorias no serviço. "A gente exige condições de trabalho", falou Souza.

A Secretaria de Defesa e Convivência Social de Guarujá informou que tem conhecimento da situação e disse que o processo para aquisição dos novos coletes está em andamento. Ainda segundo a pasta, se tudo correr dentro do trâmite legal, em aproximadamente 60 dias os novos equipamentos estarão disponíveis.

A Prefeitura informa ainda que o processo foi iniciado antes de vencer o prazo de validade dos equipamentos, mas por entraves burocráticos, não foi possível concluir a compra. O efetivo nas rondas externas foi remanejado para outros locais, utilizando alguns dos equipamentos que ainda estão dentro do prazo de validade. (G1)

1 comentários:

A Pérola do Atlântico perdeu seu brilho. Tá tudo dominado.in felizmente, pela bandidagem

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