Uma embarcação da Marinha chega do Rio de Janeiro,
na manhã desta terça-feira, à Baixada Santista para ajudar nos trabalhos de
busca aos três pescadores desaparecidos no mar de Guarujá. Em função da baixa
visibilidade, as buscas realizadas por 12 equipes do Corpo de Bombeiros,
equipes da Marinha e do Exército terminaram às 18 horas.
Robson Sanches, de 29 anos, Petterson Fernando, de 25, e Bruno Oliveira, de 26
anos, saíram para pescar no último sábado. Eles trabalham em um estaleiro, em
Guarujá, e nas horas vagas, segundo familiares, aproveitam para pôr em prática
uma grande paixão: a pescaria.
"Estamos focados no resgate e trabalhamos com todas as hipóteses,
inclusive a de eles ainda não terem naufragado", explica o
tenente do GBmar Ronnie Mesquista, que coordena os trabalhos.
As buscas por parte dos Bombeiros acontecem com dois botes, com o navio
Governador Fleury, com uma lancha e com o helicótero Águia 5, que
sobrevoa toda a região de Itanhaém (Litoral Sul) à Barra do Una (Litoral
Norte).
No final da manhã, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), da Marinha do
Brasil, colocou uma equipe, em uma lancha, no mar. Em seguida, surgiu a
informação de que soldados da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, localizada na
Praia do Guaiúba, em Guarujá, foram mobilizados para fazer uma varredura na mata
que fica entre a Ilha das Palmas e as redondezas do quartel, pertencente ao
Exército Brasileiro.
Ainda de acordo com o tenente Mesquita, as buscas foram iniciadas ainda na
noite de sábado e intensificadas no domingo. "A ocorrência chegou para a
gente às 20 horas (do sábado) e só fomos parar na madrugada. Não sabemos se
estão em alto mar ou na costa, mas as buscas foram ampliadas e vamos
achá-los".
Família
"Achamos que a rede de pesca pode ter virado o barco, mas eles sabiam o
que estavam fazendo", comenta o cunhado de Robson, Rogério Benvindo.
Segundo ele, era comum que o trio saísse nos finais de semana de folga para
pescar nas cidades da região. "Temos a certeza de que eles não foram para
Praia Grande. Desta vez, ficariam em Guarujá". O pescador é casado e tem
um filho de 7 anos.
A esposa de Peterson, Regiane dos Santos, conta que conseguiu contato com o
marido no final da tarde de sábado. "Eram 17 horas quando consegui falar
com ele. A ligação estava ruim, mas o Bruno me contou que já estavam voltando
para Guarujá". Uma hora depois, ela fez várias outras tentativas, mas em
nenhuma obteve sucesso. De todos, ele é o único que é de Praia Grande.
Já o irmão do Bruno, Yago dos Santos, acredita no naufrágio do pequeno barco de
alumínio que levava dos três amigos. "Eles sabiam nadar. Talvez tenham
sofrido um acidente e ido em direção à mata próximo ao batalhão do
Exército", disse. Ele se refere à 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea,
localizada no Guaiúba, em Guarujá. Uma equipe de soldados se juntou às buscas.
Bruno tem um filho de 4 anos. (AT On-line/ Foto: G1)
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