sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Operação da Polícia Civil prende 16 suspeitos de tráfico de drogas em Guarujá


A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (17) dez suspeitos de traficar drogas na Vila Rã e Areião. Outros seis já haviam sido detidos durante a "Operação Capivara". Além disso, por meio de gravações telefônicas, as autoridades descobriram que a quadrilha planejava ataques a policiais militares da região.

Foram três meses de investigação. Durante esse período, seis pessoas já haviam sido presas e mais dez mandados de prisão foram cumpridos nesta quinta-feira. No decorrer da operação, a polícia interceptou, com autorização da Justiça, mais de 20 mil horas de ligações telefônicas e milhares de mensagens de celular, conhecidas como torpedos.

Uma das ligações revela um assassinato planejado e cometido sem autorização do comando do tráfico. Um dos suspeitos diz: “Ele não teve a voz de ninguém não. Até tu mesmo, tá ligado, devia ter cobrado ele. Ele não tem autonomia nenhuma para fazer o que fez". O comparsa responde: "Eu falei que eu ia encostar (matar), cara?”. O primeiro fala novamente: "Eu não tô contente com essas ideias não, porque, infelizmente, tá faltando uma comunicação comigo".

Além disso, os policiais localizaram com os suspeitos uma pistola, drogas prontas para a venda, uma grande quantidade de lança-perfume caseiro e uma balança de precisão. O delegado que investiga o caso, Sérgio Lemos Nassur, garante que as escutas foram essenciais. “Houve momentos, ao longo do trabalho, que nós tínhamos até dez linhas telefônicas monitoradas simultaneamente”, conta.

A polícia também divulgou mensagens de celular revelando que estava sendo planejada a morte de um policial militar. No torpedo, o traficante diz que espera o aval, uma autorização dos chefes do tráfico para matar o PM. "Há a morte já autorizada do policial militar, ele foi avisado e se preservou. Também há vários pedidos de ações de morte de policiais na Baixada Santista. Nós apreendemos contabilidade e as rifas que eles fazem para a arrecadação de dinheiro. Temos vários nomes, e através disso outras investigações virão", afirma Aldo Galiano Júnior, diretor regional da Polícia Civil. (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

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