Os cerca de 4 mil funcionários da Baixada Santista, que pararam de
trabalhar na segunda maior greve dos bancários dos últimos 20 anos,
decidiram voltar ao trabalho a partir desta segunda-feira . A decisão
foi tomada durante assembleia realizada na noite da última sexta-feira.
Foram realizadas três votações. Os bancos privados aceitaram a
proposta. O Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal rejeitaram, mas
voltam ao trabalho em solidariedade.
A paralisação mais longa da categoria de 2005 para cá foi encerrada por
causa da proposta de aumento salarial de 8% (8,5% no piso) sobre
salários, vales e auxílios, com ganho real de 1,82%.
Os valores foram oferecidos pela Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban), depois de 17 horas de negociações, que foram interrompidas
diversas vezes e, por conta disso, atravessaram a madrugada de
sexta-feira em São Paulo.
Os 23 dias de paralisação serão compensados da seguinte forma pelos
bancários: dependendo do que cada agência definir, eles terão de
trabalhar até uma hora a mais por dia, com prazo-limite de 15 de
dezembro para o cumprimento deste acordo.
“O endurecimento da categoria fez os banqueiros recuarem na decisão de
dar apenas a inflação e cobrar todas as horas extras dos grevistas. A
proposta é insuficiente, porém houve avanços”, diz o presidente do
Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva, o Big.
Como parte dos acordo, diretores e gerentes ficam proibidos de enviar
mensagens aos celulares dos bancários cobrando o cumprimento de
resultados.
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