Exatos quatro dias depois de ter o pedido de
criação de um novo partido rejeitado, uma pesquisa realizada na Baixada
Santista mostra o nome da ex-senadora Marina Silva (PSB) à frente da corrida
eleitoral presidencial, deixando para trás a presidente Dilma Roussef (PT) e o
senador Aécio Neves (PSDB). Para o governo de São Paulo, o governador Geraldo
Alckimin (PSDB) permanece como preferência na região.
Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de
Estudos Sociais, Política e Estatística (Ibespe), Marina Silva (24%), que se
filiou ao PSB no último sábado, aparece um ponto à frente Dilma (23%).
Aécio conseguiu 15 pontos. Eduardo Campos (PSB) está com 9%. Dos demais
entrevistados, 26% não votam em nenhum dos nomes apresentados e 4% ainda não
sabem em quem votar.
"O aumento na intenção de
voto para Marina deve-se aos jovens. Eles migraram para a pré-candidata, que
tem um discurso que os agrada", acredita o diretor técnico do Ibespe, o
cientista social e político Marcelo Di Giuseppe. "Eduardo Campos é o único
a apresentar crescimento nos últimos meses (de 4 a 9 pontos, entre julho e
outubro). Evidencia que, após 20 anos, teremos uma terceira via
forte".
Entre as nove cidades pesquisadas, Marina Silva,
apesar de apresentar panorama geral superior aos demais pré-candidatos (devido
o número de pessoas em relação ao município), venceria, segundo a pesquisa, em
Praia Grande e Santos. Dilma, no entanto, ainda é preferência em Bertioga,
Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, São Vicente e Peruíbe. Em Cubatão, há
empate com Aécio Neves.
Na Região Metropolitana da Baixada Santista, os
jovens (entre 16 e 19 anos), conforme indicou o cientista Giuseppe,
demonstraram simpatia com a nova filiada ao PSB (42%). A atual presidente, no
entanto, é preferência dos que têm entre 45 e 59 anos. O tucano, por sua vez,
deverá ter a maioria dos votos entre aqueles que possuem mais de 60 anos,
segundo indica o levantamento do Ibespe.
No Estado
Em São Paulo, o atual governador tucano, Geraldo
Alckmin (PSDB), permanece isolado na liderança da disputa, com 38% dos votos.
Apesar do resultado favorável, de abril, quando teve 60% da preferência, a
outubro ele caiu 28%. "Mesmo assim, conforme histórico, acredito que ele
vencerá com tranquilidade na Baixada Santista. Alckmin permanece consolidado na
disputa".
Paulo Skaf (PMDB) fechou outubro com 12% e ocupa a
segunda posição com queda de 1 ponto em relação a setembro. Em seguida aparece
o nome do petista Alexandre Padilha (PT) com 6% da preferência dos eleitores.
Por fim, Gilberto Kassab (PSD) com 3% aparece em último na lista. Já 38%
afirmam que não escolhem por nenhum dos nomes citados e 3% não souberam
responder.
Segundo o diretor técnico do Ibespe, o cientista
social e político, Marcelo Di Giuseppe, a queda consecutiva nas duas últimas
avaliações do Governador não chega a ser um indício de que a imagem dos governantes
está desgastada já que todos os outros candidatos tiveram algum tipo de queda
em seus índices. "Ocorreu em razão das manifestações populares, que
mobilizaram as pessoas no primeiro semestre".
Ainda de acordo com Giuseppe, os números deverão
mudar nas próximos meses, já que ainda não foram oficializados os candidatos ao
governo do Estado e à presidência. "Por isso 'nenhum' aparece alto nas
duas pesquisas. Ainda não sabemos se todos vão disputar (com os favoritos).
Poderá haver mudanças", acredita. Novas pesquisas serão realizadas nos
próximos três meses.
Realizada na Região Metropolitana da Baixada
Santista, a pesquisa do Ibespe, ocorrida entre 1 a 4 de outubro deste ano,
entrevistou 1.221 pessoas nas nove cidades da Baixada Santista. A margem de
erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
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