Os índices de criminalidade na
Baixada Santista alertaram a Polícia Militar que, desde ontem, implantou em
cinco cidades da Região a Operação Saturação. De acordo com o Comandante do 6º
Batalhão da Polícia Militar do Interior (6º BPMI/I), coronel Ricardo Ferreira
de Jesus, o efetivo da PM conta, pelas próximas semanas, com Comando de
Policiamento de Choque em alguns pontos estratégicos para combater,
principalmente, roubo e receptação de veículos, homicídios e tráfico de drogas.
Além dos cerca de 4 mil policiais
militares que atuam nas 23 cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira,
Ferreira de Jesus explica que o reforço do policiamento de choque começou a
atuar ontem em Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão e Guarujá. Cidades
que, segundo o coronel, apresentam maiores índices de criminalidade da Região.
Ferreira de Jesus, no entanto, não
disse qual o efetivo do policiamento de choque deslocado para a Baixada, “por
questões estratégicas”, ressaltou.
Entre os crimes de maior ocorrência,
exemplificados pelo próprio coronel, que alavancaram a Operação Saturação estão
roubo de carros, tráfico de drogas e homicídios. No primeiro semestre desse
ano, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo, ocorreram na Região 1.710 casos de roubo de veículos, 136 homicídios, e
1.224 prisões por tráfico de drogas.
Sem especificar metas, o coronel
Ferreira de Jesus explica que a Operação Saturação só deve ser encerrada quando
os números de ocorrências desses crimes caírem significativamente. “A Operação
deve seguir pelas próximas semanas, até termos alguns resultados concretos”,
disse.
O coronel explica que as ações serão
realizadas a partir do mapeamento das maiores ocorrências de crimes na Região,
análise criminal e planejamento específico. O policiamento de choque deve atuar
com viaturas, realizando bloqueios em lugares estratégicos, e os policiais
poderão se deslocar até mesmo a pé por determinadas áreas das cidades atendidas
pela Operação.
Questionado se durante as ações, o
policiamento de choque poderia vir a contar com a participação até mesmo do
exército, Ferreira de Jesus negou e disse que o exército auxiliará a Operação
Saturação apenas com ações de inteligência. (Com informações do DL/Foto: Matheus Tagé))
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