A colisão com uma catraia, seguida de uma pane, incidentes ocorridos em menos de 12 horas envolvendo a lancha Paicará, da travessia de pedestres entre Vicente de Carvalho, em Guarujá, e o Centro de Santos, fizeram com que as pessoas que utilizam, diariamente, o serviço do Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), mais uma vez, questionassem a segurança do equipamento. Nas redes sociais, internautas afirmam ter receio de utilizar a embarcação e, muitos, pedem para que seja "aposentada".
Apesar disso, Marinha do Brasil, por meio do
Certificado de Segurança de Navegação (CSN),e a própria Dersa garantem que a
barca possui condições seguras para operar, não oferecendo, portanto, riscos
aos passageiros e às outras embarcações que trafegam pelo Canal do Estuário 24
horas por dia. Mesmo assim, a promessa do Governo é de que ela pare só 2014,
quando deverá passar por uma longa reforma, que integra o plano de modernização
das travessias e, então, renovar os documentos marítimos.
De um jeito ou de outro, o certo é que a Dersa não
retirará de operação a Paicará, que está na travessia desde 1972 (a
segunda mais antiga da frota, ficando atrás apenas da lancha Adhemar de
Barros, de 1963). "A cada quatro anos (a embarcação) passa por
reformas gerais para deixá-la em condições adequadas e seguras para navegação.
A emissão do certificado pela Marinha é sempre precedida de vistorias periódicas
que comprovam as condições técnicas de navegabilidade e de segurança",
informa, por meio de nota oficial.
A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos
Portos de São Paulo (CPSP), confirma a informação de que a documentação da
barca estava em dia. "Não havia pendências. Mesmo assim, uma nova vistoria
foi realizada para garantir que tudo estava em ordem. Mas somente o inquérito
(aberto pela colisão de segunda-feira) esclarecerá todos os detalhes pelas
investigações", afirma o capitão dos Portos de São Paulo, o capitão de
mar-e-guerra Marcelo Ribeiro de Souza, que coordena os trabalhos.
Frota da Dersa
A travessia entre Vicente de Carvalho, em Guarujá,
e o Centro de Santos possui, atualmente, sete embarcações em funcionamento. A
mais antiga, a Adhemar de Barros, foi incorporada à frota da Dersa
em 1963. Quase dez anos depois, a Paicará, em 1972, entrou em
operação. A primeira, tem capacidade para 579 passageiros e, a segunda, para
728. Juntas, elas conseguem transportar mais pessoas do que o total das outras
cinco embarcações, inclusive as duas novas catamarãs.
Além delas, desde 1979, a
lancha Piaçaguera transporta 190 pessoas. Já em 1982, as
barcas Itapema e Canéu complementram o
serviço, ampliando capacidade para mais 185 e 190 passageiros, respectivamente.
Quase 35 anos depois, foram incorporadas as novas Menina da Praia (LS-01)
e Sereia (LS-02), cada uma com 370 lugares. As duas últimas
são as mais modernas, com ar climatizado, televisão digital e poltronas
estofadas.
No entanto, até 2014, todas as antigas, com exceção
da Adhemar de Barros, cuja documentação é válida até 2015, deverão
ser reformadas. Isso em razão do CNS, que vencerá no próximo ano. Segundo o
Governo do Estado, serão investidos mais de R$ 210 milhões na revitalização das
embarcações existentes, com a troca de motores, equipamentos de navegação e a
instalação sistemas informatizados de controle de tráfego.
Até dezembro, porém, a promessa é de outros dois novos catamarãs já estejam em operação. (Com informações de A Tribuna On-Line/Foto: Irandy Ribas)
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