O secretário de Saúde de Guarujá,
Daniel Simões de Carvalho Costa, que está há três meses no cargo, admite que “o
setor tem graves problemas e a terceirização pode ser uma solução, mas essa não
é a única saída”. Admitindo que a saúde está à beira do colapso, ele debita
parte dos problemas “à falta de empenho de todos os profissionais do setor”.
Durante reunião mantida na semana passada com dirigentes do Sindicato dos
Servidores Municipais (Sindiserv), Costa realizou uma série de críticas onde
não poupou a administração municipal “que também tem sua parcela de culpa na
gestão da saúde, onde falta o engajamento de médicos, enfermeiros e os demais
profissionais da área para que a população receba uma melhor prestação de
serviços”.
Através de comunicado divulgado
nesta quinta-feira pela assessoria de imprensa da prefeitura, o secretário
corrige algumas declarações divulgadas pelo sindicato na semana passada.
Segundo ele, quando afirmou que “a saúde está em colapso, referia-se a do País
e não à municipal”. Ressaltou, ainda, que “o serviço médico brasileiro erra quando
atua somente na emergência, desprestigiando o planejamento, a atenção
preventiva e o setor acaba entrando em colapso”. No comunicado, Costa também
afirma que “nunca declarou ser um defensor da terceirização da saúde”.
Segundo Costa, “defende apenas a terceirização de alguns serviços, mas
jamais defenderia que a prestação dos serviços de saúde à população seja
prestada por empresas”.
A divulgação do comunicado, que
corrige informações divulgadas por dirigentes sindicais, é uma prova
incontestável de que as críticas disparadas por Costa contra a gestão da saúde
no município desagradaram a prefeita Maria Antonieta Brito. Mas, a presidente
do sindicato, Márcia Rute Daniel Augusto, continua afirmando que o secretário
realizou várias críticas à administração da saúde e defendeu a terceirização
como saída para uma prestação de serviços com qualidade para a população. No
entanto, a retratação de Costa e as afirmações da dirigente sindical não mudam
a realidade do setor em Guarujá, onde unidades básicas de saúde, como a de
Vicente de Carvalho que funciona em um imóvel deteriorado e faltam medicamentos
e equipamentos. (Olhar Regional/ Blog do Allende/ G1)
Fernando
Allende
editor de
política
do jornal
A Tribuna
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