Moradores do bairro Jardim
Enseadareclamam da falta de segurança e de outros problemas que acabam
facilitando a ação de criminosos, como pouca iluminação e mato alto. A
prefeitura diz que faz constantes manutenções no bairro. Já a Polícia Militar
afirma que vai reforçar as rondas no local.
Para o aposentado Abel Gomes
Ribeiro, a violência no bairro ainda preocupa os moradores. “Muitos assaltos às
casas, às pessoas. Nesta rua eu tenho conhecimento de dez, só em um mês,
inclusive na minha casa”, relata.
Com medo dos criminosos soltos
pelas ruas, muitos ficam presos dentro de casa. “A gente se limita em muitas
coisas, não confia em quem está andando por perto. Acabamos julgando pela
aparência, porque não confiamos em ninguém”, diz a auxiliar de escritório Elida
Lima.
Quando os vizinhos se encontram,
quase sempre o assunto da conversa é quem foi a nova vítima. “Todos os meus
vizinhos já foram assaltados, e durante o dia. Não temos policiamento,
segurança, estamos abandonados aos bandidos e à lama”, comenta a aposentada
Verônica de Sá.
A violência não é o único
problema enfrentado pelos moradores do Jardim Enseada. Mato alto, esgoto,
entulho e falta de iluminação também geram muitos outros transtornos. Os
munícipes dizem que há 15 dias começou uma obra que está trocando a tubulação.
Mas as antigas manilhas estão abandonadas e podem servir de esconderijo para os
criminosos.
Por meio de nota, a Polícia
Militar disse que direciona o policiamento a partir de dados levantados nos
registros de ocorrência, junto aos distritos policiais. Por isso, a polícia
orienta a comunidade a sempre registrar o boletim. Afirmou ainda que vai
reforçar o policiamento.
O secretário de Operações Urbanas
de Guarujá, Averaldo de Almeida, diz que já tem um cronograma para o bairro.
Afirma que a prefeitura vai fazer o corte do mato, a limpeza dos canais e o
nivelamento das ruas. “Nós temos um cronograma que varia de três a quatro
meses, por causa da chuva. Tem um processo na prefeitura contra o loteador,
porque ele não fez a infraestrutura. Ali falta drenagem, esgoto, é um bairro
com muitas necessidades. O asfalto não chegou ainda, isso custaria à prefeitura
em torno R$ 34 milhões. Quem teria que colocar esse dinheiro é o empreendedor,
e ele não colocou. Mas há projetos ainda, inclusive, estamos pedindo dinheiro
no Dade e no Governo Federal para fazermos isso lá. Os moradores precisam
disso. Hoje, a prefeitura não tem recursos, mas tem feito sua parte de
capinação, limpeza de canais e nivelamento nas ruas”, explica o secretário.
(G1/TV Tribuna)
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