segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Moradores reclamam de abandono do Jardim Enseada


Moradores do bairro Jardim Enseadareclamam da falta de segurança e de outros problemas que acabam facilitando a ação de criminosos, como pouca iluminação e mato alto. A prefeitura diz que faz constantes manutenções no bairro. Já a Polícia Militar afirma que vai reforçar as rondas no local.

Para o aposentado Abel Gomes Ribeiro, a violência no bairro ainda preocupa os moradores. “Muitos assaltos às casas, às pessoas. Nesta rua eu tenho conhecimento de dez, só em um mês, inclusive na minha casa”, relata.

Com medo dos criminosos soltos pelas ruas, muitos ficam presos dentro de casa. “A gente se limita em muitas coisas, não confia em quem está andando por perto. Acabamos julgando pela aparência, porque não confiamos em ninguém”, diz a auxiliar de escritório Elida Lima.

Quando os vizinhos se encontram, quase sempre o assunto da conversa é quem foi a nova vítima. “Todos os meus vizinhos já foram assaltados, e durante o dia. Não temos policiamento, segurança, estamos abandonados aos bandidos e à lama”, comenta a aposentada Verônica de Sá.

A violência não é o único problema enfrentado pelos moradores do Jardim Enseada. Mato alto, esgoto, entulho e falta de iluminação também geram muitos outros transtornos. Os munícipes dizem que há 15 dias começou uma obra que está trocando a tubulação. Mas as antigas manilhas estão abandonadas e podem servir de esconderijo para os criminosos.

Por meio de nota, a Polícia Militar disse que direciona o policiamento a partir de dados levantados nos registros de ocorrência, junto aos distritos policiais. Por isso, a polícia orienta a comunidade a sempre registrar o boletim. Afirmou ainda que vai reforçar o policiamento.


O secretário de Operações Urbanas de Guarujá, Averaldo de Almeida, diz que já tem um cronograma para o bairro. Afirma que a prefeitura vai fazer o corte do mato, a limpeza dos canais e o nivelamento das ruas. “Nós temos um cronograma que varia de três a quatro meses, por causa da chuva. Tem um processo na prefeitura contra o loteador, porque ele não fez a infraestrutura. Ali falta drenagem, esgoto, é um bairro com muitas necessidades. O asfalto não chegou ainda, isso custaria à prefeitura em torno R$ 34 milhões. Quem teria que colocar esse dinheiro é o empreendedor, e ele não colocou. Mas há projetos ainda, inclusive, estamos pedindo dinheiro no Dade e no Governo Federal para fazermos isso lá. Os moradores precisam disso. Hoje, a prefeitura não tem recursos, mas tem feito sua parte de capinação, limpeza de canais e nivelamento nas ruas”, explica o secretário. (G1/TV Tribuna)

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