(Carlos Ratton para DL)
Se o cidadão de classe média baixa
paga com a vida pela falta segurança em Guarujá, os endinheirados que moram no
Jardim Acapulco — um dos condomínios mais sofisticados do balneário — pagam com
milhares de reais pela sensação de segurança.
Segundo relatório de despesas da
administradora que gerencia o complexo, adquirido pela Reportagem, até o mês de
maio, o custo da segurança e serviço de apoio oferecido aos proprietários,
intitulado Operação Verão, foi de R$ 221 mil (R$ 44,2 mil mensais).
Vale a pena lembrar que a Operação
Verão, mantida pelo Jardim Acapulco, não tem nada a ver com a do Governo do
Estado. Trata-se de um sistema montado pela segurança do condomínio que atua no
trecho da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, próximo ao bairro de Morrinhos,
responsável pela escolta dos milionários até o bairro da Enseada pelo Túnel
Juscelino Kubitschek, popularmente conhecido como Túnel da Vila Zilda — local
em que ocorrem centenas de assaltos a motoristas.
Conforme folheto distribuído aos
proprietários de imóveis do Acapulco, as equipes de apoio têm a missão de
orientar os moradores das condições de tráfego do local, de segurança e prestar
auxílio aos familiares 24 horas. “Não hesite! Quando estiver chegando ao
Guarujá, ligue para nós. Estamos à disposição para atendê-lo sempre”, informa o
folheto.
Vale lembrar que em maio de 2011,
Paulo Ronaldo da Silva Gomes, de 21 anos, teve a sua foto tirada após tentar
assaltar um turista, logo na saída do túnel da Vila Zilda.
O turista dirigia um Hyundai Santa
Fé e retornava para a Capital com outras pessoas quando um rapaz se posicionou
na frente do veículo com uma arma de fogo apontada para a sua direção. Apesar
do risco de iminente disparo, ele não parou e acelerou o carro.
Em seguida,
confiante na blindagem do automóvel, ele retornou para testar a ousadia do
rapaz. Novamente, ao perceber a aproximação do veículo, Paulo apontou a arma na
tentativa de forçar a parada da vítima, que desta vez o fotografou, antes de
prosseguir seu trajeto e evitar, pela segunda vez, a consumação do assalto.
Invasão do condomínio
Porém, nem mesmo todo esse cuidado
não é suficiente para minimizar a violência em Guarujá. No último dia 29, no
próprio Jardim Acapulco, uma quadrilha fortemente armada — com fuzis e pistolas
— invadiu e assaltou uma residência.
Após passarem pela guarita do
condomínio, os criminosos foram até uma das maiores residências, localizada na
parte central do Acapulco, pertencente a um empresário de São Paulo.
No imóvel, a quadrilha rendeu
funcionários e recolheu diversos pertences, entre joias e aparelhos
eletrônicos. Logo após subtrair os objetos, o bando fugiu levando reféns, que
foram abandonados durante o trajeto de fuga.
Câmeras de monitoramento do
condomínio devem auxiliar no processo de identificação dos criminosos. As
investigações são realizadas pela Delegacia Sede de Guarujá. Na última
sexta-feira, a casa em frente a do empresário também foi invadida. Os bandidos
agiram da mesma forma.
Prefeitura já se manifestou
A Prefeitura de Guarujá, por
intermédio de sua assessoria de imprensa, entende que a atitude do Jardim
Acapulco não contribui para os esforços que estão sendo feitos pela Polícia
Militar e pela Secretaria Municipal de Defesa Social, no que diz respeito a melhoria
das condições de segurança da Cidade. As ações da Administração, em conjunto
com o Estado, visam garantir segurança a todos os munícipes e turistas e não só
a um grupo específico.
A prefeita Maria Antonieta de Brito
(PMDB) havia garantido que vinha mantendo contato com o Governo do Estado
solicitando aumento do número de escrivães, investigadores e de policiais
militares; a reforma das unidades da Delegacia Sede, dos 1º e 2º distritos de
Vicente de Carvalho, da unidade da cavalaria e dos equipamentos da Polícia
Militar e a abertura de plantão 24 horas no distrito; aquisição de
equipamentos, viaturas e móveis para as polícias Civil e Militar; e implantação
de mais uma companhia em Vicente de Carvalho, na região do Morrinhos,
contemplando ainda os bairros Vila Zilda, Vila Edna, Vila Selma, Cachoeira e
morros. (Foto: Luiz Torres)
1 comentários:
release
Condomínio Acapulco esconde a verdade.
É assim no Condomínio Acapulco do Guarujá ,luxuoso para os seus moradores e não considerados pela administração.
Os seguranças e vigilantes não recebem o que a Lei determina desde a Lei 12740/ 2012, esses trabalhadores a partir desta data tem direito a os 30 % de periculosidade. portaria 1885 de 12/2013, por ser esta atividade , correm risco a toda hora pela atividade, em evitar ou tentar evitar crimes dentro e nas adjacências deste condomínio.
Onde já aconteceu ate morte dentro do condomínio, bem como diversos assaltos, pior ainda é ter um PAB,( posto de atendimento bancário) sem segurança, ai é falha da Policia Federal, que ate aqui não obriga que o banco coloque segurança. Assim a Lei 7102/83 obriga de tenha segurança. A administração atual s, e nega a discutir o problema , alega esperar uma decisão da justiça , se temos a Lei não cabe esta discussão.
Como funciona, o estabelecimento qualquer que seja e que queira ter seguranças e vigilantes, deve ter autorização da Policia Federal ,para ter como empregados vigilantes, para seu estabelecimento devem cumprir as legislação, que é a Lei 7102/83 e nesta esta em seu Artigo 10 paragrafo quarto, onde esta dito.(www.pdf.gov.br)
Que são chamados de seguranças orgânicos ou segurança própria , que significa que este estabelecimento poderá ter esta autorização , pra si , diferente das empresa que se vê em bancos e outros estabelecimentos que são empregados de uma empresa criada e autorizadas, para vender esta mão de obra, como todos conhecem em bancos e órgãos públicos ou privados.
Mas os requisitos são os mesmos pra os profissionais, que tem que ter curso registrado em escolas autorizadas e fiscalizadas pela Policia Federal, além do curso , terá este de fazer a reciclagem a cada dois anos , depois obter a Carteira nacional de vigilante(CNV),documento que o autoriza a exercer a profissão.
Este condomínio esta registrado na PF, mas nas relações trabalhista , não cumpre a lei federal da periculosidade, e nada das relações trabalhistas , como a cesta básica , vale refeição, convenio medico, e outros benefícios , no caso da periculosidade, chega perto de 3 milhões de reais , em atraso, ou melhor sonegados. Aos trabalhadores, pois este local tem quase 180 seguranças, que primam , pelo segurança dos moradoras , que muitos não sabem que pagam e os trabalhadores não recebem. Agora o sindicato dos vigilantes apos tentar discutir com o administrativo, do Acapulco, se negam a receber a diretoria do sindicato , só temos um caminho chamar no judiciário pra uma convenção coletiva para os setor de toda baixada santista , pois temos outros condomínios que faz a maquiagem de colocar e vender a ideia de que tem seguranças , mas que porteiros , usando um paletó alugado em algum brechó , para enganar .Faremos esta ação para garantir os trabalhadores todos seus direitos , o que já se tem na área da vigilância ,, em todo o Estado de São Paulo.
Silveira.
Silveira.carlosrobertosilveira@gmail.com
Sindicato dos Vigilantes de Santos e Região
Rua Antonio Bento 158. vila Mathias,
Cep.11075-260. Sub sede guaruja , av santos Dumont. 220 sl 4
Tel.33413496
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