Em visita técnica ao Hospital Santo Amaro (HSA), em
Guarujá, o secretário estadual de saúde, David Uip, disse nesta sexta-feira que
o governador anunciará nos próximos dias um projeto histórico para as Santas
Casas do Estado. Na próxima segunda-feira, prefeitos da Baixada Santista se
reúnem com ele na capital.
“Vamos readequá-las, classificando-as em hospital
estruturante, hospital de atendimento primário, secundário e terciário. Vamos
investir pesadamente, com dinheiro, articulação e inteligência nessa história
de referência e contra-referência. Há um grande projeto para reerguer as santas
casas”.
Segundo o secretário, essas instituições
filantrópicas sofrem há anos por causa da falta de financiamento da tabela do
Ministério da Saúde. “Qualquer santa casa hoje recebe 40% do que custa, então
você não fecha a conta”. Entretanto, ele afirma que não basta apenas investir
dinheiro.
O diretor-presidente do HSA, Urbano Bahamonde
Manso, reforçou a necessidade desse aporte por parte do Governo do Estado. “É
necessário compensar a tabela defasada do SUS. Porque as santas casas e os
filantrópicos se arrastam com um custo enorme e uma remuneração que não chega a
40% do seu custo”.
Em Guarujá, o Santo Amaro destina 85% de sua
capacidade para o SUS, enquanto a lei obriga que essa destinação seja de 60%.
“O SUS só remunera 40% do que a gente gasta. E só no SUS gastamos R$ 6,5
milhões por mês”. E como o hospital sobrevive? “Trabalhando com o convênio”.
A saída, segundo ele, está em atender mais por
convênio médico. “Assim você faz uma transposição de verba e vai mantendo o
hospital. Com a abertura de leitos em Vicente de Carvalho, a gente equilibra
essa equação. E finalmente consegue gerenciar esse hospital com mais
tranquilidade. Porque nos últimos anos temos trabalhado para pagar contas”.
(Simone Queirós)
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