Uma comissão
parlamentar da Câmara de Guarujá, que apura problemas de infraestrutura e falta
de atendimento no Instituto Médico Legal (IML) do município, formalizou, nesta
quinta-feira (6), denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE). O colegiado
solicitou providências urgentes a fim de assegurar a normalização do serviço e,
agora, aguarda manifestação da parte da Promotoria de Justiça.
No documento, vereadores reuniram informações
que foram apuradas ao longo dos últimos dois meses, além de indicações apresentadas
desde março de 2016, onde foram cobradas obras de melhorias na estrutura do
prédio e, sobretudo, a reposição de funcionários.
O documento encaminhado ao MPE também relata
as diligências que foram feitas pela comissão, com apoio da União dos Vereadores
da Baixada Santista (Uvebs), em busca de respaldo de deputados estaduais, bem
como do próprio secretário estadual de Segurança Pública.
"Fizemos tudo que estava ao nosso
alcance. Mas, infelizmente, trata-se de um serviço da esfera estadual, e a nossa
atuação, nesse caso, fica muito limitada", explicou o vereador Luciano
Tody (MDB), presidente da comissão parlamentar que acompanha a questão.
Histórico
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara de
Guarujá, desde 2018, o Legislativo municipal cobra medidas do Governo do Estado
para recuperar a infraestrutura do prédio do IML e, principalmente, garantir a
presença regular de funcionários. Em abril, os serviços de necropsia passaram a
ser realizados somente às segundas, terças e quintas-feiras, no período da
tarde. Já neste mês, foram totalmente suspensos.
Em razão disso, os corpos que deveriam ser
encaminhados ao local estão sendo obrigatoriamente transferidos para o IML de
Santos, o que além de atrasar os sepultamentos, gerando transtornos às
famílias, ainda aumenta os custos aos cofres da Prefeitura. Isso porque, a
Administração Municipal é quem tem arcado financeiramente com os translados
entre Guarujá e Santos.
"Não bastasse a inoperância do serviço,
essa situação tem gerado custos extras ao Município. A viatura tem que levar os
corpos para Santos e retornar ao Guarujá, tendo depois que ir novamente a
Santos e retornar para sepultá-los", enfatizou Luciano Tody. (Via: CMG)
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