O Sindcon, sindicato de caminhoneiros do Guarujá é acusado pelo
Ministério Público do Estado de ameaçar trabalhadores e empresas do porto
de Santos citando ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital
(PCC). De acordo com investigações da Promotoria, o grupo fixa fretes acima do
valor de mercado e pressiona companhias para garantir uma carga diária mínima
para o sindicato. As empresas que não atendem às demandas têm seus terminais
fechados por protestos e concorrentes são agredidos. Em alguns casos, caminhões
são danificados ou incendiados, conforme a acusação. As informações foram
publicadas ontem (16) no jornal Folha de S. Paulo.
Promotores paulistas
descrevem o grupo como “assombroso, assustador, incontrolável, devastador”.
Segundo o Ministério Público, ele “invoca o apoio da facção criminosa conhecida
como PCC para ameaçar as vítimas, invadindo cooperativas e associações de
caminhoneiros, exigindo que tais entidades cessem suas atividades para que o
Sindcon (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Contêineres do Litoral
Paulista) possa manipular as empresas transportadoras”. O ex-vereador do
Guarujá José Nilton de Oliveira (PP), o Doidão, é quem lidera o grupo, conforme
afirma o Ministério Público. A prisão dele e de outras seis pessoas ligadas ao
Sindcon é pedida por procuradores desde 2011.
A ação ainda não foi
julgada. A Justiça de São Paulo diz que a ação deve ser federal, por envolver
crimes federais, mas a Justiça Federal contesta. Caberá ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) decidir sobre a competência.
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