Da manhã de sábado (9) até o
amanhecer de domingo (10), 22 pessoas foram feitas reféns por criminosos
armados no Morrinhos 4 e na Prainha Branca, em duas ocorrências distintas. Em
uma das ações, três marginais mantiveram 16 vítimas custodiadas em um camping
por 11 horas.
Já na
outra investida, cinco assaltantes dominaram seis turistas e os aterrorizaram
por quatro horas em um cativeiro no meio da favela. Um microempresário, de 31
anos, foi agredido e teve um dos dentes quebrados. Um estudante, de 25, levou
coronhadas no rosto durante o ataque.
Uma das vítimas contou que chegou de São
Paulo perto das 2 horas da manhã com uma amiga, uma auxiliar administrativa, de
30 anos, para passar o domingo na casa de conhecidos, no Pernambuco, em Guarujá.
“Quando
saímos do carro e tocamos a campainha da casa, dois bandidos a pé e um de
bicicleta nos cercaram e anunciaram o assalto. Eles estavam armados e exigiram
que voltássemos ao carro e sentássemos no banco de trás. Aqueles que estavam a
pé também entraram no carro e um deles assumiu a direção. O (ladrão) que estava
de bicicleta fugiu sozinho”.
Nervosos
e fazendo ameaças de morte, os bandidos conduziram o carro das vítimas, um Fox
preto, para uma casa abandonada no Morrinhos 4, próximo ao lixão. Lá, estavam
mais dois comparsas, que permaneceram com o casal o tempo todo. “Foram momentos
de horror. Diziam que se não colaborássemos não teriam pena em nos matar. Às
vezes, ficavam exaltados e agrediam o meu amigo. Foi em um desses momentos que
quebraram o dente dele. Mas logo em seguida pediam desculpas”, contou a
auxiliar administrativa.
Com o
casal dominado, o grupo revirou o veículo roubado e tomou posse de celulares,
roupas, R$ 100,00, documentos e cartões bancários. Enquanto isso, o bandido que
agia de bicicleta chegou ao cativeiro. Junto dos demais criminosos que renderam
as vítimas, ele entrou no carro roubado e saiu prometendo novos assaltos. (A Tribuna/ Foto: Guilherme Lúcio)
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