Após julgamento que durou três
dias, pai e filho foram condenados a 17 e 14 anos de prisão, respectivamente,
pela morte a facadas do turista de Campinas Mário dos Santos Sampaio, em
dezembro de 2012. O veredicto saiu na tarde de quinta-feira (22).
Ambos foram condenados por
homicídio qualificado por motivo fútil, cujo motivo seria a cobrança de R$ 7,00
de diferença na conta do restaurante, e também por fraude processual, pelo
sumiço das imagens das câmeras que teriam gravado o momento do crime.
Os réus José Adão Pereira Passos
e Diego Souza Passos responderão ao processo em regime fechado, sem poder
recorrer da decisão em liberdade. Na tarde de quarta-feira (21), no segundo dia
de julgamento, José Adão se reservou ao direito de não responder às perguntas
da acusação. Já Diego relembrou detalhes da ocorrência e se disse inocente. ( Foto: DL)
Acusação
Ao longo do julgamento, o
promotor Fabio Perez Fernandez e o advogado assistente Antonio Gonzalez
tentaram mostrar aos jurados contradições nos depoimentos dos acusados. Um dos
principais pontos foi o desaparecimento dos aparelhos que gravavam as imagens
das 32 câmeras existentes no restaurante. Os equipamentos que poderiam ter
registrado o crime não foram localizados pela Polícia Civil.
“Diego disse que não participou
do homicídio e o pai afirma ter agido em legítima defesa. Se isso fosse
verdade, isso estaria nas imagens. Talvez por esse motivo, tenham ocultado as
imagens”, argumentou o promotor.
Os jurados tiveram acesso também
à gravação da ligação que a vítima, Mário dos Santos Sampaio, fez durante o
ocorrido para a Polícia Militar. No registro, ele afirma que havia tumulto no
local e que uma pessoa estaria com uma faca. A ligação é interrompida,
possivelmente no momento em que Sampaio foi agredido com um tapa por José Adão.
Crime
O crime ocorreu poucas horas
antes da virada do ano, na Enseada. A vítima estava no Município acompanhada
por cinco amigos para celebrar o Réveillon. Na ocasião, o grupo decidiu jantar
na Pizzaria Casa Grande, localizada na Avenida Dom Pedro I. Segundo relatos de
testemunhas, dentro e fora do estabelecimento havia avisos indicando que a
refeição custava R$ 12,99.
Na hora de acertar a conta, a
caixa do restaurante alegou que o valor era R$ 19,99 e não aceitou o pagamento
com R$ 7,00 a menos. Em seguida, a funcionária chamou o gerente, que é filho do
acusado do crime.
Testemunhas disseram que Diego
ameaçou Mário Sampaio. O jovem não teria saído do local e foi agredido por ele
e pelo garçom. Em seguida, o dono do restaurante teria ido até a cozinha, onde
pegou uma faca. Ele retornou e deu três facadas nas costas de Mário. Após o
crime, o acusado, seu filho e os funcionários fugiram do local. O turista
morreu dentro do estabelecimento.
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