O advogado Airton Sinto, que
cuida do caso da professora que ficou nua em
uma agência do Banco do Brasil em Guarujá, afirma que uma
funcionária da instituição tentou registrar um Boletim de Ocorrência contra a
cliente por atentado violento ao pudor na Delegacia Sede da cidade.
Aurea, que prefere não revelar
seu sobrenome, ficou sabendo da tentativa de queixa após registrar um Boletim
de Ocorrência contra o banco na tarde desta quarta-feira (11). “Eu senti que a
gente não tem ninguém para nos defender. Me senti mais uma vez desrespeitada e
traída, porque, na verdade, eu ainda sou cliente do banco. Eu fui humilhada,
sofri um estupro moral”, afirma a professora.
Airton explica que, após a
professora contar a sua versão, ele irá entrar com um processo contra o banco.
“Vamos patrocinar uma ação cível contra o Banco do Brasil e contra o vigilante,
assim que ele for identificado, e fazer com que isso se torne uma bandeira a
favor do direito do consumidor. São centenas de pessoas humilhadas nas portas
de bancos e não podemos permitir isso”, diz.
Ainda de acordo com o advogado, a
atitude da funcionária que tentou prestar queixa contra Aurea não possui
fundamento. “A cliente não teve o objetivo de ofender ninguém, pelo contrário,
tanto que, quando entrou no banco, foi aplaudida. Ela me representa como
consumidor”, conclui.
O Banco do Brasil disse lamentar
o ocorrido e esclareceu que cumpre as regras de segurança estabelecidas na Lei
7.102/83 e Portaria 387/2006, sendo que seu plano de segurança, incluindo a
utilização de porta giratória detectora de metais, é aprovado pela Polícia
Federal. O Banco do Brasil informou ainda que os funcionários recebem
treinamento para prestar atendimento sempre respeitoso. A cliente recebeu os
esclarecimentos necessários a respeito da situação e foi atendida por um gerente
da agência. (Foto: LG Rodrigues/G1)
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