Era
em uma das 389 cadeiras da Igreja São João Batista, em Morrinhos II, que
Fabiane sentava para rezar e cantar, sempre que se sentia triste. Na
noite deste sábado, todas estavam ocupadas e muitas pessoas ainda acompanharam
de pé as homenagens feitas na missa de sétimo dia da morte da dona de casa.
Parentes e amigos vestiam uma camiseta com a foto dela e a inscrição “Fabiane,
a dor da inocência”. A imagem também aparecia em um telão, durante a celebração
feita por padre Edson Felipe Gonzales. A música religiosa “advogado fiel”, a
preferida de Fabiane, foi cantada.
Muito abalada, mãe, dona Raimunda Maria de Jesus, queria que tudo isso não
passasse de um pesadelo. “Eu esperava que ela voltasse e não voltou. Em tudo
lembro dela. Meu Dia as Mães sempre foi triste, eu fui criada sem mãe. Mas e
agora?”, lamenta, dona Raimundo que junta forças e pede que não seja mais um
caso de impunidade. “Eles (os autores) precisam partilhar da mesma dor”.
Acompanhado das duas filhas, de 1 e 12 anos, o
porteiro Jaílson Alves das Neves, viúvo de Fabiane, demonstrava tranquilidade.
“Ela gostava da igreja. Sei que, de lá do céu, está amando essa homenagem que
estamos fazendo. Hoje também estou mais aliviado, porque estão conseguindo
prender os culpados”, desabafa o porteiro que estava casado com Fabiane há mais
de 15 anos.
Manifestação
Neste domingo, amigos e familiares da vítima farão uma passeata para que o caso
não caia no esquecimento e que se faça justiça. A concentração acontece a
partir das 13h30, na Praça Mário Covas. Às 14 horas, o grupo segue em direção
ao Centro, até a Delegacia Sede do Guarujá. (Mauricio Martins/ A Tribuna On-line/
Foto: Vanessa Rodrigues)
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