Nesta
sexta-feira (23), as crianças e adolescentes atendidas pelo CRPI (Centro de
Recuperação da Paralisia Infantil e Cerebral de Guarujá) ganharam um presente
especial: um microônibus adaptado, doado pela Translitoral. A entrega do
veículo aconteceu na sede da instituição (Rua Alexandre Migues Rodrigues, nº
845, Praia do Tombo, Guarujá). Dotado de elevador, o microônibus tem espaço
para cadeiras de rodas e foi adaptado especialmente para atender as
necessidades das crianças. Além disso, sua parte externa foi estilizada, com
motivos infantis e coloridos.
A partir
de agora, os dois veículos de grande porte da entidade passam a dispor de
acessibilidade plena. Com eles, o CRPI disponibiliza um serviço de leva e traz,
porta a porta, para parte dos atendidos. A parceria entre a Translitoral e o
CRPI existe há mais de 30 anos. Antes deste novo ônibus, a empresa cedeu outros
dois veículos à instituição e faz a manutenção permanente dos ônibus do CRPI,
cuidando das revisões periódicas e da higienização. Além disso, todo o
combustível utilizado é garantido pela empresa.
“É
fundamental este apoio da Translitoral. Sem a ajuda da empresa, não teríamos
condições de manter este serviço”, enfatiza a presidente da entidade, a
pedagoga Norma de Araújo.
História
O CRPI
foi fundado em 23 de agosto de 1963 pela bailarina Steffi Leonore Asch,
falecida no final da década de 1990. Após uma queda durante uma apresentação,
ela ficou com deficiência em uma das pernas, o que a impediu de continuar sua
carreira profissional. Com isso, Steffi fez cursos sobre reabilitação na AACD
(Associação de Assistência à Criança Deficiente de São Paulo). Em Guarujá, onde
seus pais moravam, ela conheceu um menino com paralisia infantil e resolveu
ajudar, voluntariamente, em sua reabilitação física. Com o tempo, passou a
atender outras crianças e jovens com deficiências físicas e neurológicas.
Inicialmente, tudo era feito na edícula nos fundos da casa de seus pais. Até
que a ex-bailarina usou um terreno da família para construir a sede do CRPI,
local em que está até hoje.
Atualmente,
a instituição atende, gratuitamente, cerca de 400 crianças e adolescentes, com
deficiências física, auditiva, neurológica e múltiplas. Além de manter uma
escola de educação especial, também proporciona atendimento multidisciplinar
visando a reabilitação e a inclusão social. O serviço inclui profissionais das
áreas de educação, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, medicina, odontologia
e assistência social. (Reginaldo Pacheco, jornalista voluntário
MTb 23.033)
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