sábado, 24 de maio de 2014

CRPI recebe microônibus adaptado doado pela Translitoral


Nesta sexta-feira (23), as crianças e adolescentes atendidas pelo CRPI (Centro de Recuperação da Paralisia Infantil e Cerebral de Guarujá) ganharam um presente especial: um microônibus adaptado, doado pela Translitoral. A entrega do veículo aconteceu na sede da instituição (Rua Alexandre Migues Rodrigues, nº 845, Praia do Tombo, Guarujá). Dotado de elevador, o microônibus tem espaço para cadeiras de rodas e foi adaptado especialmente para atender as necessidades das crianças. Além disso, sua parte externa foi estilizada, com motivos infantis e coloridos.

A partir de agora, os dois veículos de grande porte da entidade passam a dispor de acessibilidade plena. Com eles, o CRPI disponibiliza um serviço de leva e traz, porta a porta, para parte dos atendidos. A parceria entre a Translitoral e o CRPI existe há mais de 30 anos. Antes deste novo ônibus, a empresa cedeu outros dois veículos à instituição e faz a manutenção permanente dos ônibus do CRPI, cuidando das revisões periódicas e da higienização. Além disso, todo o combustível utilizado é garantido pela empresa.

“É fundamental este apoio da Translitoral. Sem a ajuda da empresa, não teríamos condições de manter este serviço”, enfatiza a presidente da entidade, a pedagoga Norma de Araújo.

História

O CRPI foi fundado em 23 de agosto de 1963 pela bailarina Steffi Leonore Asch, falecida no final da década de 1990. Após uma queda durante uma apresentação, ela ficou com deficiência em uma das pernas, o que a impediu de continuar sua carreira profissional. Com isso, Steffi fez cursos sobre reabilitação na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente de São Paulo). Em Guarujá, onde seus pais moravam, ela conheceu um menino com paralisia infantil e resolveu ajudar, voluntariamente, em sua reabilitação física. Com o tempo, passou a atender outras crianças e jovens com deficiências físicas e neurológicas. Inicialmente, tudo era feito na edícula nos fundos da casa de seus pais. Até que a ex-bailarina usou um terreno da família para construir a sede do CRPI, local em que está até hoje.

Atualmente, a instituição atende, gratuitamente, cerca de 400 crianças e adolescentes, com deficiências física, auditiva, neurológica e múltiplas. Além de manter uma escola de educação especial, também proporciona atendimento multidisciplinar visando a reabilitação e a inclusão social. O serviço inclui profissionais das áreas de educação, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, medicina, odontologia e assistência social. (Reginaldo Pacheco, jornalista voluntário MTb 23.033) 

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