segunda-feira, 8 de julho de 2013

OPINIÃO: Guarujá ame-o ou deixe-o (Luiz Fernando Cunha Bueno)

Guarujá ame-o ou deixe-o

(Luiz Fernando Cunha Bueno)


Este é um sentimento que existe hoje entre muitos cidadãos ou talvez na maioria dos cidadãos desta nossa cidade.

Houve época em que as pessoas tinham imenso prazer em vir para cá só para passar um dia nas suas praias. Ter um imóvel aqui era sonho de consumo de qualquer paulistano e até de moradores de outros estados.

Guarujá, a Pérola do Atlântico, o balneário do endinheirados, o lugar onde Deus descansou no sétimo dia, assim era chamada nossa Ilha de Santo Amaro.

Há muitos anos atrás uma grande empresa do mercado imobiliário criou um slogan assim: “Guarujá é verão o ano inteiro”. Outra colocou em seus prospectos: “Aqui você pode esquecer sua família.” E Guarujá era o paraíso dos corretores de imóveis, as grandes construtoras, todas, queriam construir aqui. O empresário da Construção Civil, Romeu Chap Chap, chegou a afirmar numa entrevista à Veja São Paulo: “A praia das Astúrias será a Copacabana de São Paulo”.

Nos anos 80 o m² de terreno na Avenida Paulista, era por volta de US$ 1.000, um dos mais caros do país competindo apenas com a Avenida Vieira Souto no Rio de Janeiro. O mesmo preço pedido nos terrenos frente ao mar em Guarujá. Hoje passado 30 anos nem sei lhes dizer quanto custa o m² de terreno nestas duas avenidas acima citadas e Aqui vale a mesma coisa de antes. Regredimos? Sim, regredimos, temos hoje aqui e tivemos num passado próximo em nossa cidade as piores administrações publicas já vista em toda a baixada. Nossas administrações e os vereadores pararam no tempo, ou melhor, voltaram no tempo e fizeram de nossa cidade um laboratório de como se “endinheirar” através do erário.
Não houve por parte de nenhuma das últimas administrações planejamento para o crescimento de todos os eixos de nossa cidade. Nada se fez para melhora nossa malha viária, nosso acesso a demanda portuária, nem pelo crescimento populacional de baixa renda. Eles foram se amontoarem em favelas pelas encostas e manguezais da cidade, sem nenhum cuidado com o seus bem estar e nem aos danos causados ao meio ambiente. Para o político guarujaense o que importava eram os eleitores de cabresto, seus redutos eleitorais. 

Dane-se a cidade, eu quero ser eleito! Não importa as mentiras criadas por marqueteiros, o que importa é voto na urna. E o pior disso tudo é que esta prática não é de hoje, já vem acontecendo desde os anos 80.

Tivemos e temos aqui em Guarujá verdadeiros sanguessugas do povo. Nosso sistema de saúde é falido, e a própria classe médica ajuda este triste e lamentável fato, afinal temos um hospital falido e, em seu entorno, clinicas de médicos cada vez mais ricos. O pedágio para se fazer algo em nossa cidade é absurdo. Nosso sistema de segurança não existe. Nossa Guarda Municipal é tratada com descaso pelos administradores, a única coisa que se vale são os esforços pessoais de muitos deles. O mesmo acontece em creches, escolas e próprios municipais. 

Aqui vale só a “Lei de Gerson”, ensinamentos dados por nossos tablóides semanais. Tem-se algo para oferecer aparece nas colunas sociais as quais muitas criadas por falsos colunistas, e as que são realmente feitas por colunistas só aparecem sempre os mesmos, isso desde que criaram os tablóides, parece que nossa cidade não se renova, são sempre os mesmos carcamanos de administrações passadas e todos com relevantes serviços prestados aos seus interesses próprios e nada mais.

Guarujá, ame-o ou deixe-o, esta frase no passado fez muito brasileiro se arrepiar, mas ela hoje cai como uma luva para o verdadeiro cidadão guarujaense, aquele que ama realmente esta cidade, aquele que tem orgulho de se dizer cidadão santamarense, aquele que tem vergonha de seus pares políticos por sua gula insaciável de poder estar cada dia mais próximo do cofre do erário e suas benesses. Guarujá cidade sem lei, sem alma e sem futuro, pois do jeito que ela administrativamente caminha , está sem poder ver uma luz no fim do túnel. E quem tem que mudar esta cidade é a sociedade é o cidadão, o munícipe, o veranista que aqui vinha sempre e agora vem muito pouco. Guarujá ame-o ou deixe-o, deixe-o os políticos sujos, mal intencionados e incompetentes, porque eu enquanto me for por Deus permitido viver, eu nunca a deixarei, estarei aqui sempre para poder lutar por nossa cidade, para resgatarmos o nosso melhor.
Luiz Fernando Cunha Bueno

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