Todas as seis pessoas envolvidas diretamente no roubo de
mais de 700kg de ouro ocorrido no dia 25 de julho em Guarulhos já foram
identificadas por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais
(Deic). A última prisão foi efetuada na sexta-feira (2) em Guarujá durante
diligências.
A informação foi divulgada pela Polícia
Civil, por meio do Deic, durante uma entrevista coletiva concedida na noite
desta terça-feira (6) pelos delegados Pedro Ivo Corrêa e João Carlos Miguel
Hueb, da 5ª Delegacia, e Rogério Luiz Marques, da 3ª Delegacia, ambas da
Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e
Cargas (Divecar).
Segundo eles, todos os seis envolvidos
identificados integram uma organização criminosa que é especializada neste tipo
de delito. A Polícia Civil iniciou as apurações com duas linhas de investigação
e a Justiça já decretou a prisão preventiva de todos os identificados. Ao todo,
até 14 criminosos podem estar envolvidos no roubo.
Os três primeiros homens foram detidos logo
no início das investigações e a última prisão foi efetuada na sexta-feira
durante diligências feitas pela polícia no Guarujá. As autoridades também já
descobriram o local onde as falsas viaturas, utilizadas no dia do roubo, foram
produzidas. O proprietário do estacionamento onde os carros foram ‘maquiados’ é
um dos homens identificados e que está foragido.
Os delegados também declararam que todos os
suspeitos identificados, até o momento, são mentores do roubo de ouro e alguns
deles integravam o núcleo operacional da quadrilha. O grupo seria uma
ramificação de uma organização maior com suspeita de participação em outros
roubos. As autoridades ainda realizam diligências para encontrar os suspeitos
remanescentes.
Histórico
O roubo de ouro aconteceu na tarde do dia 25
de junho. Um grupo de criminosos invadiu o terminal de cargas do aeroporto de
Guarulhos, na Grande São Paulo, e roubou um total de 718,9kg de ouro. De acordo
com o delegado que preside o inquérito, a ação foi planejada durante bastante
tempo, inclusive com outras tentativas já realizadas.
Para isso, os ladrões renderam um
representante da empresa transportadora da carga e sua família um dia antes e,
no dia do assalto, chegaram no local em duas caminhonetes clonadas da Polícia
Federal com a desculpa que realizariam uma inspeção contra o tráfico de drogas.
Depois da ação criminosa, o grupo fugiu e
realizou uma primeira parada na zona leste, onde passaram o ouro para outras
duas caminhonetes. Na seqüência, realizaram outro transbordo e fugiram em um
veículo ainda não identificado. O funcionário e sua família foram soltos logo
após o término da ação criminosa.
Além de ouro, o grupo também roubou outras
pedras preciosas como diamantes e itens de luxo como relógios. A Polícia Civil
também começou uma investigação para apurar se o ouro roubado do aeroporto de
Guarulhos poderia estar sendo contrabandeado em pequenas cargas disfarçadas
para a China, uma vez que o metal precioso vale mais no país asiático do que no
Brasil. A instituição também estuda a possibilidade de que pequenos filetes
podem estar sendo colocados dentro de celulares e encaminhados para a China.
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