segunda-feira, 17 de março de 2014

Pacientes agridem enfermeiros pela má qualidade dos serviços


A presidente do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Guarujá, Márcia Rute Daniel Augusto, estará reunida na tarde desta terça-feira (18) com o secretário de Saúde, Daniel Simões de Carvalho Costa. Pauta da reunião: encontrar formas de impedir as constantes agressões de pacientes a enfermeiros e outros profissionais que trabalham em unidades de saúde, especialmente nos serviços de urgência. Segundo a presidente, o sindicato contabiliza duas dezenas de agressões que, segundo ela, são motivadas pela má qualidade dos serviços oferecidos à população. Para a sindicalista, essas agressões não podem continuar e a maioria dos profissionais, incluindo os médicos, trabalham com medo porque as agressões são cada vez mais frequentes.

Como os motivos das agressões são as carências dos serviços de saúde, quase sempre provocadas por falta de equipamentos e de um maior número de profissionais nas unidades, o que obriga a longas jornadas de espera pelos pacientes, além da falta medicamentos, a solução reivindicada pelos trabalhadores nos serviços de saúde de Guarujá é a contratação de uma empresa de segurança. A presidente do sindicato garante a este blog que “para a maioria dos problemas que os pacientes enfrentam, especialmente nos serviços de urgência não é culpa dos trabalhadores, mas da administração municipal, que possui a obrigação de impedir que as constantes agressões, que já foram denunciadas ao Conselho Regional de Enfermagem.

Depois da reunião com o secretário de Saúde, a presidente do sindicato manterá contatos as polícias Civil de Militar, reiterando a necessidade de proteção aos trabalhadores. Além disso, um panfleto será entregue aos pacientes, esclarecendo que os problemas no atendimento é culpa da prefeitura. “Não é se pode admitir que, quando falta esparadrapo para um curativo, o enfermeiro seja agredido”, desabafa a sindicalista.  Ela também revela que, na quarta-feira da semana passada, duas enfermeiras que trabalham no Pronto- corro da Rodoviária, local onde ocorre o maior número de agressões, foram vítimas dessa violência – uma delas teve o braço quebrado por um enfurecido paciente; a outra sofreu vários hematomas no rosto.(Fernando Allende/blogdoallende/G1)

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