O ressurgimento do jundu,
vegetação típica de região praiana preservada, em alto risco de extinção,
indica a regeneração ambiental da orla da maior praia de Guarujá, a Enseada.
Além de trazer novos ares à paisagem, a planta tem uma importante função na
natureza: é uma vegetação fixadora de duna, que combate processo erosivo
costeiro e ainda atrai diversas espécies de aves.
Para valorizar e proteger o jundu, que
é a prova viva do alto nível de preservação da Praia da Enseada, a Prefeitura
de Guarujá está promovendo algumas intervenções no local.
Entre as ações, foi providenciado, pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) o isolamento da área com cercas e
instalação de placas informativas, a fim de conscientizar banhistas e
frequentadores da praia sobre os cuidados que devem ser tomados para não
degradar o bioma.
“A Praia da Enseada é uma das mais
urbanizadas de Guarujá e sofreu muito com a degradação causada pela construção
irregular de quiosques na faixa de areia nos últimos 30 anos, por exemplo. Após
a remoção das construções e a intensificação de serviços de zeladoria, a
natureza respondeu com o esplendor de sua força, trazendo de volta o jundu, uma
alegria muito grande para todos nós”, resumiu o secretário de Meio Ambiente de
Guarujá, Sidnei Aranha.
Apesar de ser uma planta frágil, o
jundu é uma vegetação nativa de grande
importância para a preservação das praias, além de servir como abrigo e fonte
de alimento para fauna nativa. Ele ainda protege e evita o avanço da areia da
praia sobre a cidade e dificulta o avanço do mar em períodos de ressaca.
“Apesar de todo o processo erosivo no
Litoral Paulista, as praias de Guarujá continuam resistindo bravamente. Um
grande caso de autopoiese”, afirma o titular da Semam, se referindo à capacidade dos seres vivos de produzirem a si
próprios.
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