O delegado de Guarujá, Eduardo Wagner, foi preso, na noite desta
segunda-feira (3), por envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com
informações da polícia, ele atuava em conjunto com traficantes da cidade. Além
de Wagner, outras cinco pessoas foram presas durante a operação.
Ainda de acordo com informações da polícia, a prisão do delegado foi realizada
após uma operação iniciada a partir do momento em que uma escuta telefônica
comprovou a ligação dele com o tráfico. A operação foi realizada pelo Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Polícia Civil, com
apoio do Batalhão de Ações Especias (Baep) da Polícia Militar e da Guarda
Municipal de Guarujá.
Segundo a polícia, Eduardo Wagner tinha o hábito de postar imagens
ostentando bens nas redes sociais. De acordo com informações da Polícia Civil,
na casa de um casal preso durante a operação foram apreendidos cerca de R$
10.260, celulares, notebooks, agendas telefônicas, extratos bancários e várias
armas.
Em uma das escutas, uma pessoa que foi identificada como o delegado Eduardo
Wagner, é flagrada dizendo para um criminoso que iria devolver entorpecentes
apreendidos em uma operação. Segundo a corregedoria da polícia, a investigação
corre sob segredo de Justiça.
O advogado Armando de Mattos, responsável pela defesa do delegado, que
afirmou que um pedido de revogação da prisão deverá ser feito nas próximas
horas. "Vou pedir a revogação da prisão do Eduardo. Ouvi todas as escutas
citadas pela polícia e posso garantir que os traficantes conversavam entre
eles. Ele não tem antecedentes e fez uma boa carreira. Nunca se envolveu com
nada", afirma.
Em nota, a Corregedoria da Polícia Civil informa que o delegado Eduardo
Wagner Rodrigues foi preso por ser suspeito de integrar um esquema de desvio de
drogas na cidade do Guarujá, onde trabalha. Em sua residência, em Santos,
também foi cumprido mandado de busca e apreensão. A prisão do delegado faz
parte de investigação da Corregedoria sobre o desvio de sete kg de cocaína e
700 gramas de maconha por parte de policiais civis. Sua prisão é temporária e
válida por 30 dias. (Foto: Orion Pires/G1)
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