Com a interdição parcial
do Instituto Médico Legal (IML) de Santos, a unidade instalada na Vila Zilda,
em Guarujá, é a única em condições de atender às 11 cidades que dependem
exclusivamente do serviço: Pedro de Toledo, Itariri, Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém,
Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá e Bertioga.
Isso porque o Núcleo de Perícias Santos, composto pela sala de necropsia e
exames de corpo de delito e ginecológico, possui condições insatisfatórias de
funcionamento, conforme relatório da Vigilância Sanitária do Município.
A interdição do prédio, localizado
no Saboó, ocorreu por volta das 13 horas da última quinta-feira. A medida
impede o recebimento de novos cadáveres e a realização de corpo de delito e
exames ginecológicos em caso de estupro. Por isso, desde a tarde de ontem, os
atendimentos do Município já foram encaminhados ao Guarujá.
Nesta sexta-feira, quem precisou utilizar algum serviço, encontrou apenas a
parte administrativa funcionando, com a emissão de laudos já prontos e
informações. Ano passado, por determinação do Ministério Público, o IML de
Praia Grande também foi interditado e continua sem prestar serviços à
população.
Em Guarujá, o movimento nesta manhã estava calmo e o único corpo tinha vindo de
Bertioga. Legistas de Santos também estavam na unidade. Eles tinham realizado
dois exames de corpo de delito que eram do Município. Ainda assim, a apreensão
dos funcionários era visível. O medo é de que aconteça com o IML de Santos o
mesmo que ocorreu em Praia Grande. "Tomara que não demore para reabrir,
porque aqui as condições são boas. Com dois IMLs fechados, a situação é
preocupante", disse um funcionário de Guarujá.
Na quinta-feira, após a interdição do IML de Santos, a Secretaria de Segurança
Pública do Estado de São Paulo foi procurada e informou que a reforma na
unidade de Santos tem início na próxima segunda-feira. A previsão é que os
atendimentos da unidade ocorram em um espaço provisório neste período. (A
Tribuna On-line/foto: Nirley Sena)
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