O Procon
Guarujá notificou a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo) na tarde desta quarta-feira (2). O motivo são os transtornos gerados aos
munícipes e turistas pela falta de água em alguns bairros de Guarujá, que
ocorre desde o dia 31 de dezembro de 2018.
Com a medida, a Sabesp tem agora um prazo de
48 horas para prestar os devidos esclarecimentos, o que deve ser feito por meio
de um relatório oficial justificando a interrupção do fornecimento de água e obrigada
a apresentar relatório com os resultados do controle de pressão, além de
fornecer informações quanto à existência de plano de ações para emergências e
contingências no que diz respeito ao abastecimento em diversos pontos da
Cidade, que até o momento, não foi restabelecida por completo.
Chamamento
Pelas redes sociais,
o secretário de Meio Ambiente, Sidnei Aranha, solicitou
que sejam registrados os casos de falta de água ou vazamento de esgoto na
Ouvidoria ( telefones162, 33554211, 0800 773 7000). “Por conta de decisão
judicial que a Prefeitura de Guarujá tem contra a empresa, faz-se necessário
para que possamos mapear e registrar adequadamente cada reclamação. Estamos
tomando providências, porém solicitamos que registrem mesmo que o abastecimento
já tenha retornado”, explicou.
Em outra postagem, Aranha propôs uma reunião do Comdema, Conselho
Municipal de Meio Ambiente, em Vicente de Carvalho, com secretários, Sabesp, sociedade
civil organizada e toda população para um grande debate sobre o assunto. “Uma
reunião onde vamos ver quem realmente quer resolver o problema ou quem quer fazer
oportunismo em redes sociais”, conclui.
Condenação
Em maio de 2018, a empresa foi condenada em primeira instância a pagar
multa superior a R$ 7 milhões em Ação Civil Pública movida pela Prefeitura
Municipal de Guarujá.
Na sentença, o juiz Leonardo Grecco destaca que a empresa tem “obrigação
de planejamento e atuação eficiente nestas situações de crise” e ressalta que “...
não custa lembrar que os cidadãos guarujaenses sofrem muito quando se tem perda
de turistas na cidade, já que muitos deles ganham a vida em épocas de temporada,
de modo que a desídia da ré interfere diretamente no sustento da população. Se
o caso fosse de falar do bem-estar dos cidadãos e turistas, então, o problema
se potencializaria em demasia”.
O espaço está aberto para a manifestação da Sabesp.
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