Com marcas de tiros no
peito e na cabeça, o corpo do agente policial Marcello Lepiscopo, de 38 anos,
foi achado por volta das 10 horas desta terça-feira (9) enterrado no alto do
Morro da Vila Baiana, em Guarujá, em uma área de mata fechada e de difícil acesso.
Lotado no 2º DP de Diadema, Marcello estava desaparecido desde a noite da
última sexta-feira (5), quando se dirigiu ao morro, conhecido nos meios
policiais como ponto de venda de drogas e onde já foram realizadas diversas
prisões em flagrante por tráfico.
Com as mãos amarradas para trás, o policial civil estava descalço e vestia
apenas bermuda. O seu cadáver foi achado em uma cova após denúncia anônima.
Para não chamar a atenção, sobre a cova foram colocadas algumas plantas. Porém,
a polícia identificou o local porque as raízes não estavam presas na terra,
Para se chegar ao lugar onde o policial civil foi enterrado, a equipe da
Delegacia de Guarujá precisou caminhar pela mata por aproximadamente 30
minutos, depois do término das escadarias do morro. Dentro da cova foram
coletados quatro cartuchos intactos de escopeta calibre 12, uma cápsula
deflagrada de pistola 380 e uma touca de lã preta.
O corpo de Marcello estava bastante inchado e,
segundo peritos criminais, aparentemente o assassinato aconteceu havia dois
dias. Outra impressão preliminar da perícia, ainda dependente de confirmação, é
a de que a vítima supostamente foi baleada quando já estava dentro da cova.
Bombeiros foram acionados para escavar o terreno e remover o corpo do alto do
morro. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Guarujá
para os exames de praxe e a família do agente aguardam a sua liberação para
sepultá-lo em São Paulo.
No próximo dia 3 de novembro, Marcello completaria nove anos na Polícia Civil.
Ele era casado, tinha um filho de cinco anos de idade e residia na Enseada, em
Guarujá, perto do Morro da Vila Baiana. (A Tribuna/ Foto: Rogério Soares)
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